A aprovação da reforma tributária no Senado, um passo significativo na política econômica brasileira, abriu um novo capítulo na história da tributação do país. Este evento foi um marco na trajetória da legislação fiscal, tendo o potencial para transformar completamente a paisagem tributária do Brasil.
Essa decisão legislativa tão aguardada pode trazer mudanças profundas para o cenário econômico brasileiro. Mas, para compreender plenamente a extensão desta reforma, é importante revisitar o trajeto que a proposta fez e as alterações significativas que passou antes de ser aprovada no Senado.
Neste artigo, vamos apresentar um panorama do cenário da aprovação da reforma tributária no Senado, relembrando os desdobramentos mais importantes. Além disso, vamos detalhar as mudanças realizadas no texto inicial da proposta e os próximos passos para a consolidação dessa reforma no país. Confira!
Entendendo a proposta de reforma tributária
Antes de entender os desdobramentos da reforma tributária no Senado, vamos entender no que essa proposta consiste e o que exatamente ela propõe?
A reforma tributária é uma das principais demandas para o aprimoramento da economia brasileira. Ela visa simplificar e modernizar o sistema tributário, tornando-o mais eficiente e menos burocrático, ao mesmo tempo que em busca corrigir distorções e reduzir desigualdades.
A seguir, apresentamos uma síntese dos pontos centrais da reforma tributária recém-aprovada pelo Senado Nacional.
Unificação e simplificação dos impostos
Uma das principais mudanças propostas pela reforma tributária é a unificação de cinco impostos existentes em dois (IVA Dual):
- Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, substituindo PIS, Cofins e IPI.
- Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com gestão compartilhada entre estados e municípios, substituindo ICMS estadual e ISS municipal.
Estes impostos serão aplicados somente ao valor adicionado em cada etapa da cadeia de produção e terão cobrança no destino (onde o bem ou serviço será consumido), viabilizando assim o fim da “guerra fiscal”.
Entre os principais pontos da reforma tributária, também vale destacar a criação do Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, que será aplicado sobre a produção, venda ou importação de produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
Período de transição e alíquotas
A mudança completa para a nova estrutura de impostos não acontecerá de imediato. Existe um período de transição que se estende de 2026 até 2032. Durante esse período, haverá uma redução gradual nas alíquotas do ICMS e do ISS e um aumento correspondente no IBS.
O valor estimado do IVA é de cerca de 27,5% sobre o valor do produto, mas será decidido por meio de uma regulamentação da Emenda à Constituição (PEC).
Reformas adicionais
Outros aspectos da reforma incluem a introdução de uma cesta básica nacional isenta de impostos e a possibilidade de um sistema “cashback” (devolução de impostos para grupos específicos com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda).
Há também previsões para a redução dos tributos para 13 setores específicos, incluindo educação, saúde, transportes coletivos e insumos agropecuários.
Desdobramentos mais recentes da reforma tributária
O caminho que a reforma tributária passou para chegar até aqui incluiu inúmeros debates e momentos de tensão. A aprovação na Câmara dos Deputados foi um marco importante em direção a uma tributação mais simples e clara para empresas e cidadãos.
Depois de longos dias de discussões, a proposta seguiu para o Senado, onde os senadores tiveram a oportunidade de analisar, debater e apresentar emendas para ajustar pontos específicos da proposta, antes de dar sua aprovação.
Mudanças na proposta de reforma tributária no Senado
Agora, vamos mergulhar nas mudanças que foram feitas na proposta no Senado, que tiveram destaque e foram tema de debate intenso entre os senadores. A reforma tributária no Senado manteve muitas das medidas originais, mas fez várias modificações significativas.
Inclusão de novos setores no regime específico de tributação
O Senado aprovou a inclusão de mais setores na lista de tratamento tributário diferenciado. Isso significa que esses setores terão regras fiscais especiais aplicadas a eles. Estas são algumas das áreas que serão contempladas no regime específico de tributação:
- Serviços de saneamento;
- Agências de viagem;
- Concessão de rodovias;
- Telecomunicações;
- Missões diplomáticas;
- Sociedades Anônimas de futebol.
A inclusão desses setores significa que eles agora se beneficiarão de tratamento fiscal específico, o que pode ter um impacto significativo em suas operações e estratégia de negócios.
Também vale mencionar que, em resposta às solicitações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Braga estabeleceu uma quarta alíquota do IVA, com um desconto de 30%. Essa medida visa beneficiar os profissionais liberais que exercem atividades regulamentadas.
Criação de um fundo para os estados do Norte
Uma das maiores mudanças na proposta de reforma tributária no Senado foi a criação de um fundo para os estados do Norte. Este fundo se destina a corrigir as disparidades regionais e garantir que os estados do Norte não sejam prejudicados pela reforma tributária.
O fundo apoiará vários projetos de infraestrutura e desenvolvimento na região, o que vai beneficiar os estados do Norte de várias maneiras. Contudo, a criação do fundo também significará que os governos estaduais e locais terão que cumprir uma série de requisitos para poderem aceder a ele.
Revisão periódica das exceções
Por último, o Senado incluiu na reforma uma condição para a revisão periódica das exceções tributárias. Na prática, ela determina a revisão a cada cinco anos para avaliação de custo-benefício. Isso tornará o sistema fiscal mais dinâmico e permitirá que seja feita a mudança necessária durante o tempo.
Próximos passos da reforma tributária após a aprovação no Senado
Com a aprovação da reforma tributária no Senado, a proposta segue para a Câmara dos Deputados. As discussões e análises da matéria ocorrerão em comissões temáticas e, posteriormente, no Plenário, onde o texto será votado. Após a aprovação na câmara, o projeto de lei será encaminhado ao presidente da República, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente.
Durante o processo de tramitação na Câmara, é possível que o texto sofra novas alterações conforme as discussões realizadas e os consensos alcançados entre os parlamentares. Desse modo, é fundamental acompanhar a evolução da matéria para entender os impactos das mudanças e as possibilidades de ajustes na legislação tributária.
Para as empresas que desejam se preparar de forma eficiente para a reforma tributária, uma excelente ferramenta é a Calculadora Simplificada da Reforma Tributária, desenvolvida pela Dootax. Essa solução gratuita permite analisar se a empresa vai pagar mais ou menos impostos após a consolidação da reforma.
Basta clicar no banner abaixo para utilizar a calculadora e começar a se preparar para as mudanças previstas na legislação tributária brasileira.
Prepare-se para o futuro da tributação no Brasil
A aprovação da reforma tributária no Senado representa um avanço significativo na busca por um sistema tributário mais equilibrado e eficiente no Brasil. As mudanças realizadas pela proposta englobam a inclusão de novos setores no regime específico de tributação, a criação de um fundo para os estados do Norte e a revisão periódica das exceções.
Entender o panorama das discussões envolvendo a reforma tributária no país é fundamental para que empresas possam se adaptar às novas exigências e se preparar frente às mudanças que com certeza vão impactar a dinâmica do mercado.
Nesse contexto, a Calculadora Simplificada da Reforma Tributária desenvolvida pela Dootax surge como uma ferramenta poderosa para ajudar as empresas na adaptação à nova realidade tributária brasileira.
Agora que já está por dentro das mudanças com a aprovação da reforma tributária no Senado, calcule de forma simples e rápida os impactos do novo sistema de tributação no seu negócio.