A fiscalização tributária é um processo que causa arrepios nos profissionais da área fiscal. Entretanto, esse é um controle fundamental para garantir o recolhimento de tributos e manter a justiça tributária, combatendo fraudes e evasões fiscais.
Durante o processo de fiscalização, a empresa pode ser submetida a auditorias que analisam documentos contábeis, declarações e registros fiscais em busca de erros, omissões ou irregularidades. Portanto, é importante manter o compliance fiscal para evitar complicações legais.
Quer saber mais sobre a fiscalização tributária? Confira logo a seguir!
Para que serve a fiscalização tributária?
A fiscalização tributária é um processo conduzido pelas autoridades governamentais para verificar se as empresas estão cumprindo corretamente suas obrigações fiscais – como o recolhimento de tributos, entrega de declarações e conformidade com a legislação tributária.
Na prática, a fiscalização tributária serve para garantir que os impostos sejam apurados e pagos de forma adequada. Com isso, é possível evitar fraudes, sonegação fiscal ou erros que podem comprometer a arrecadação do Estado.
Como funciona uma fiscalização tributária?
A fiscalização tributária pode ser realizada por diversos órgãos, dependendo do tipo de tributo e da esfera governamental:
- Receita Federal do Brasil (RFB): Responsável pela fiscalização de tributos federais, como Imposto de Renda (IRPJ e IRPF), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS/Pasep, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre outros.
- Secretarias Estaduais da Fazenda (SEFAZ): Cada estado do Brasil possui sua própria Secretaria da Fazenda, que fiscaliza tributos estaduais como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
- Secretarias Municipais de Fazenda: No âmbito municipal, as secretarias são responsáveis por fiscalizar tributos como o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Cada um desses órgãos tem autonomia para conduzir fiscalizações nas empresas para garantir que todas as obrigações estão sendo seguidas. Para isso, a fiscalização pode envolver diversas etapas:
- Identificação do contribuinte para fiscalização;
- Notificação da empresa;
- Análise dos documentos e dados;
- Solicitação de esclarecimentos;
- Autuação e lavratura de autos de infração (se forem constatadas irregularidades);
- Direito de defesa (se forem constatadas irregularidades).
Ao final do processo, se a fiscalização tributária não encontrar irregularidades, o processo é arquivado sem penalidades. Porém, se houver autuação e a empresa não quitar os débitos ou não tiver êxito nas defesas, o processo pode ser encerrado com a cobrança dos valores devidos.
Já em casos de inadimplência, a dívida pode ser inscrita em dívida ativa, e a empresa corre o risco de sofrer execuções fiscais, o que pode incluir bloqueio de bens e penhora.
Quem está sujeito à fiscalização tributária?
Praticamente todas as empresas e pessoas físicas que têm obrigações tributárias estão sujeitas à fiscalização tributária no Brasil. Isso inclui desde pequenas empresas até grandes corporações, além de profissionais autônomos e contribuintes pessoa física.
Principais motivos de autuações
As autuações fiscais ocorrem quando são encontradas irregularidades nas empresas fiscalizadas. Os principais motivos estão relacionados a erros, omissões ou irregularidades no cumprimento das obrigações tributárias.
Veja os principais motivos de autuações para empresas no Brasil:
- Omissão de receita;
- Erro na apuração de tributos;
- Sonegação fiscal;
- Inconsistências em declarações;
- Falta de recolhimento de tributos;
- Compensações indevidas;
- Desclassificação do regime tributário;
- Notas fiscais irregulares;
- Erros no recolhimento de encargos trabalhistas e previdenciários;
- Inadequada aplicação de benefícios fiscais;
- Planejamento tributário abusivo;
- Créditos indevidos no ICMS ou PIS/COFINS.
Dicas para evitar problemas em fiscalizações
Para evitar problemas em fiscalizações tributárias, é essencial que as empresas mantenham uma gestão fiscal e contábil bem organizada, cumpram rigorosamente suas obrigações fiscais e adotem boas práticas de compliance.
Abaixo estão algumas dicas práticas para evitar problemas durante uma fiscalização tributária:
1. Mantenha a contabilidade e documentos fiscais atualizados
A contabilidade é o coração do controle fiscal de uma empresa. Para evitar problemas em uma fiscalização:
- Organize todos os documentos fiscais e mantenha-os arquivados adequadamente.
- Atualize a escrituração contábil regularmente.
- Revise frequentemente a apuração de tributos, assegurando que o cálculo e os lançamentos estão corretos.
2. Realize auditorias internas
A realização de auditorias internas periódicas ajuda a identificar e corrigir possíveis erros antes que a fiscalização os descubra. Assim, é possível corrigir falhas no cálculo de tributos e na escrituração fiscal – garantindo que a empresa esteja em conformidade com as normas fiscais.
3. Cuidado com o cruzamento de dados
Com o avanço da fiscalização eletrônica, é fundamental que as informações enviadas à Receita Federal e aos demais órgãos sejam consistentes entre si. Por isso, verifique se há consistência entre todas as declarações fiscais, como SPED, DCTF, DIRF e EFD.
Além disso, é importante verificar os valores movimentados nas contas bancárias são compatíveis com as receitas declaradas e confirmar se os dados informados por fornecedores, clientes e prestadores de serviços estão alinhados com os da sua empresa.
4. Atente-se aos prazos de entrega das obrigações acessórias
O cumprimento de prazos é fundamental para evitar multas automáticas. Alguns documentos importantes que devem ser entregues dentro dos prazos incluem DCTF, SPED, DIRF, EFD, GFIP e outras declarações fiscais obrigatórias.
5. Automatize as tarefas fiscais
A adoção de softwares de automação fiscal pode ajudar a empresa a evitar erros e inconsistências nas obrigações tributárias. Os benefícios incluem dessas soluções incluem a redução de erros manuais no cálculo e no registro de tributos, facilidade na entrega das obrigações e aumento na eficiência da equipe fiscal.
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