CST – Código de Situação Tributária: o que é e como identificar?

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CST - Código de Situação Tributária

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Descubra como usar corretamente o CST e evitar multas, erros fiscais e prejuízos. Entenda o papel desse código na gestão tributária e financeira da sua empresa.

Você já ouviu falar sobre o CST – Código de Situação Tributária? Esse é um componente essencial para empresas brasileiras, especialmente aquelas que lidam com produtos e operações sujeitas ao ICMS e IPI. Entretanto, ainda surgem muitas dúvidas sobre o uso do CST.

Usar corretamente o CST corretamente é essencial para cumprir as obrigações fiscais e evitar problemas como recolhimento incorreto de impostos, multas e prejuízos para a empresa. Por isso, entender seu significado e estrutura pode fazer toda a diferença na gestão fiscal e financeira do negócio.

Quer entender melhor o que é e como identificar o Código de Situação Tributária? Confira logo a seguir!

O que é o CST – Código de Situação Tributária?

O Código de Situação Tributária (CST) é um conjunto de códigos utilizado no Brasil para classificar a origem e a tributação de produtos e serviços no âmbito do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Ele é fundamental para empresas no preenchimento de notas fiscais, uma vez que define como cada item será tributado, de acordo com sua natureza e as características da operação.

Onde o CST é utilizado?

O CST – Código de Situação Tributária é amplamente utilizado na emissão de Nota Fiscal Eletrônica, sendo essencial para classificar corretamente os produtos e aplicar a tributação de forma adequada. Afinal, esse é o código que permite identificar a origem e a forma de tributação aplicável a cada item descrito na nota fiscal, garantindo que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária.

Na prática, ele garante que:

  • Os impostos sejam calculados corretamente;
  • A empresa esteja em conformidade fiscal;
  • Haja transparência tributária.
CST - Código de Situação Tributária

Quais são os códigos de situação tributária?

O CST – Código de Situação Tributária é composto por três dígitos, sendo que cada um tem um significado específico:

  • Primeiro dígito: Indica a origem da mercadoria ou serviço, informando se o produto é nacional ou estrangeiro.
  • Segundo e terceiro dígitos: Especificam a tributação do ICMS ou IPI, variando conforme o tipo de operação (tributada, isenta, com substituição tributária, entre outras modalidades).

Veja só as tabelas do CST:

Tabela de origem

0 — Nacional: exceto as indicadas nos códigos 3, 4, 5 e 8;

1 — Estrangeira: importação direta, exceto a indicada no código 6;

2 — Estrangeira: adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7;

3 — Nacional: mercadoria ou bem com conteúdo de importação superior a 40% e inferior ou igual a 70%;

4 — Nacional: cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei n.º 288/1967, e as Leis n.º 8.248/1991, 8.387/1991, 10.176/2001 e 11.484/2007;

5 — Nacional: mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40%;

6 — Estrangeira: importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução Camex e gás natural;

7 — Estrangeira: adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução Camex e gás natural;

8 — Nacional: mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70%.

Tabela de tributação pelo ICMS

00 — Tributada integralmente;

10 — Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária;

20 — Com redução de base de cálculo;

30 — Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária;

40 — Isenta;

41 — Não é tributada;

50 — Suspensão;

51 — Diferimento;

60 — ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária;

70 — Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária;

90 — Outras.

Tabela de tributação pelo IPI

0 — Entrada com Recuperação de Crédito;

1 — Entrada Tributável com Alíquota Zero;

2 — Entrada Isenta;

3 — Entrada Não-Tributada;

5 — Entrada com Suspensão;

49 — Outras Entradas;

50 — Saída Tributada;

51 — Saída Tributável com Alíquota Zero;

52 — Saída Isenta;

53 — Saída Não-Tributada;

54 — Saída Imune;

55 — Saída com Suspensão;

99 — Outras Saídas.

Como identificar o código de um produto?

Para identificar o Código de Situação Tributária de um produto, é preciso analisar o tipo de operação e a origem do produto. Conforme acabamos de ver, cada código é específico para uma combinação de fatores – como a origem do item e as regras de tributação aplicáveis.

Veja só como fazer essa identificação:

1. Verifique a origem do produto

Já vimos que o primeiro dígito do CST indica a origem da mercadoria, que pode ser nacional ou estrangeira, certo? Essa é a primeira informação que deve ser conferida para identificar o código correto.

2. Determine o tipo de tributação

Os dois últimos dígitos do CST indicam como a mercadoria será tributada. Isso depende de fatores como isenção, alíquotas aplicáveis, substituição tributária, entre outros.

3. Consulte a legislação e a natureza da operação

Em alguns casos, a legislação local do ICMS influencia o código a ser utilizado. Por exemplo, estados podem ter alíquotas específicas e incentivos fiscais para determinados produtos e operações.

4. Use as tabelas disponíveis

Para evitar erros, consulte uma tabela oficial de CST, que traz os códigos específicos de acordo com a origem e a tributação. Além disso, muitos sistemas de gestão fiscal e ERPs também oferecem integração com essas tabelas, facilitando a aplicação dos códigos.

Problemas relacionados ao CST – Código de Situação Tributária

Erros no CST podem gerar uma série de problemas fiscais, financeiros e operacionais para empresas, pois afetam diretamente a tributação na emissão de notas fiscais. Confira as principais complicações que podem surgir:

  1. Recolhimento incorreto de impostos: Um erro no código pode fazer com que a empresa recolha mais ou menos impostos do que o devido. Isso pode gerar prejuízos financeiros diretos (em caso de recolhimento a maior) ou passivos fiscais significativos (em caso de recolhimento a menor).
  2. Risco de autuações e multas fiscais: O Fisco verifica o CST como parte da validação das notas fiscais eletrônicas (NF-e). Qualquer discrepância pode levar a autuações, multas e até processos administrativos, principalmente se forem identificados valores incorretos de ICMS, IPI, PIS ou COFINS.
  3. Impacto na contabilidade e no controle financeiro: códigos incorretos alteram os valores lançados na contabilidade, dificultando a precisão dos relatórios financeiros e a análise de rentabilidade. Além disso, afetam os custos de produtos e a precificação correta de vendas.
  4. Problemas com clientes e fornecedores: Erros no CST em notas fiscais podem gerar problemas de interpretação de valores de impostos por parte dos clientes e fornecedores, gerando retrabalho e desgaste nas relações comerciais. Em alguns casos, os clientes podem exigir a correção das notas ou reter pagamentos até a resolução.
  5. Impacto no crédito tributário. Empresas podem deixar de aproveitar créditos tributários devido a um CST errado, prejudicando o fluxo de caixa e o aproveitamento fiscal.

O uso correto do CST é crucial para garantir conformidade fiscal e otimizar a gestão tributária. Compreender e aplicar os códigos de forma adequada ajuda a evitar erros, reduzir riscos de penalidades e manter uma gestão financeira mais eficiente e alinhada às exigências legais.

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